Proposta de lei contra games violentos ameaça Call of Duty
Call of Duty, uma das séries de videogames mais bem sucedidas da história, pode ser fortemente boicotada por um projeto de lei que restringe a venda de jogos violentos.
George Rose, vice-presidente executivo e oficial-chefe de políticas públicas da Activision-Blizzard, afirma que a distribuidora não poderá mais produzir novos títulos da franquia se a Suprema Corte americana julgar constitucional uma lei de 2005 que torna ilegal, no varejo, a venda de jogos com temática adulta (como violência) a menores de idade, além de aplicar multa de US$ 1.000 a cada infração na Califórnia.
Durante o debate ‘Videogames causam violência?’ em São Francisco, Califórnia, George Rose é categórico: “O que vai acontecer é que Call of Duty vai entrar para uma categoria restrita, nenhuma loja no país vai querer disponibilizá-lo e este jogo não será mais produzido. Ponto. Fim da questão.”
Rose garante que a Activision-Blizzard irá demitir qualquer vendedor que permitir a compra de um jogo maduro para menores. “Já tivemos vendedores demitidos e melhoramos o atendimento nas lojas onde aconteceu este tipo de incidente, mas se é para ser franco, demitimos pessoas, sim”, ele diz.
Perguntado sobre o modelo de negócio da Activision, cujo público-alvo são exatamente os maiores de idade, Rose respondeu como esta lei afetaria as vendas: “Além da pequena, mas óbvia, marca vermelha na capa que deve afastar os jogadores, existe a multa de US$ 1.000 por unidade vendida. Da última vez que eu chequei, houveram cerca de 5 milhões de unidades vendidas na Califórnia, então este número vezes US$ 1.000 é um bocado de dinheiro para arriscar.”
A Suprema Corte ouviu argumentos em novembro sobre o projeto de lei. Uma decisão ainda não foi tomada. Será que proibir é a solução? Uma fiscalização realizada pelos próprios vendedores poderia resolver esta questão. Dê sua opinião nos comentários e aguarde novidades.
Fonte: globo.com
Junior Albuquerque
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