Um toque de classe no Verdão
Imagem: Gazeta Esportiva
Desde que chegou ao Palmeiras no ano passado o meia Lincoln logo caiu nas graças da torcida. Com uma técnica refinada e com um toque de bola preciso o jogador mostrava que tinha tudo pra se tornar um ídolo no clube. Mas esse mesmo jogador mostrou ser frágil fisicamente e dificilmente conseguiu emendar uma série maior que quatro jogos seguidos. Com seguidas contusões o meia passou a ter um custo muito alto para o clube.
Após a chegada de Valdívia, Lincoln perdeu espaço e em 2011 jogou apenas um jogo contra o Botafogo-SP. Como o Palmeiras procurava desesperadamente um centroavante, o camisa 99 foi colocado a disposição para procurar outro clube devido ao seu alto salário e a pouca produtividade. Mas eis que apareceu uma luz no fim do túnel para o meia, e essa luz tem nome: Osório Furlan. Dono de 36% do passe de Valdívia, e opositor do atual presidente Arnaldo Tirone, Furlan vem alardeando nos últimos dias que comprará o restante do passe do chileno pertencente ao Palmeiras e repassará o jogador para um clube estrangeiro.
Foi preciso isso acontecer para que Felipão se desse conta do jogador que estava simplesmente ignorando. Em seu segundo jogo no ano, Lincoln se destacou. Seu toque de classe foi soberano. Teve passe de calcanhar, lançamentos milimétricos e chutes ao gol. Até mesmo o incrivel gol perdido no primeiro tempo passou despercebido diante de sua belissíma apresentação. E deixou uma dica para Felipão: um pouco de classe não faz mal pra ninguém, ainda mais para um time que conta com tão pouco talento.
Maravilhoso mesmo seria se Felipão pudesse por em campo um time com Valdívia e Lincoln, Kléber e o tão sonhado camisa 9. Infelizmente isso será muito dificil, porque parece que com Valdívia no time Lincoln não joga, e se Lincoln jogar é porque o chileno não estará mais no time. Mas sonhar não faz mal, e a torcida do Verdão espera que o talento volte a ser sinônimo de Palmeiras.
Leonardo Abrantes
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